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07 agosto, 2014

Da dor e do caos mental que o acumulo de coisas causam

Essa semana estava tensa e com o emocional abalado, não conseguia nem vir  aqui no blog pra escrever.
Minha casa ainda  estava parecendo um campo de batalha, coisas espalhadas por todos os lugares, onde deveria ser a mesa de jantar tem uma pia (isso mesmo, uma pia!) fazendo barreira e com a porta balcão aberta 24hrs  para as dogs não ficarem circulando dentro de casa sem  autorização e para não dormirem ao relento e frio enquanto as casinhas de cimento não estão prontas - o quintal não tem cobertura, os armários/balcão e a pia do banheiro a marmóraria está devendo há uma semana- e sem esses dois móveis, por exemplo, tem escova de dente na pia da cozinha (socorro!). Além disso tem uma comoda na sala servindo de apoio pra TV e o note pra ver séries pelo HDMI da TV.

Eu não consegui lidar com tanta coisa fora de ordem e surtei, dava vontade de sentar e chorar, não aguento mais esse status de acampamento que já passou de um mês.

Então, nessas situações dificeis, costumo meditar pra vir uma luz... a primeira delas é ligar  tecla f.. e guardar tudo que não tinha lugar definido nos armários do closet, no box do colchão... enfim, onde desse...

Por incrivel que pareça, só de ter tirado do meu campo visual toda a bagunça já ajudou, porque não conseguia nem pensar de tanta bagunça e tanto caos...
Depois disso, comecei a arrumar estrategias de organização, que mesmo tendo socado tudo dentro dos armários, não dava pra jogar aleatoriamente, então agrupei por tipos, como cosméticos.

Arrastei a comoda para o closet, onde ela deveria ficar e assim consegui organizar pelo menos as roupas de banho...
E cheirando óleo essencial de cedro e lavanda, me veio esse insight

meu Deus!
Como me incomoda, é desconfortavel de chegar a doer, ter que lidar com as trocentas coisas (objetos mesmo: roupas, sapatos, coisas de cozinha)
e mais ainda ter que olhar pra bagunça que a casa em formação ainda tem, pois ainda os móveis não estão todos terminados ou não estão em seus lugares

Não quis olhar pra isso antes, agora copm a mudança sou obrigada, na marra a ter que olhar e lidar com isso.
(afinal cada objeto tem nossa energia, cada uma daquelas inutilidades era um buraco emocional ou uma compensação...)

Ok, foi dolorido e tow mimizando aqui  - mas voltar pra casa antiga e indo pegar de pouco em pouco nossas coisas (porque não tem onde guardar tudo devidamente sem socar), dá um mal estar sim. O primeiro deles é o distanciamento, com olhar de observador - aquele monte de coisa não combina mais comigo ou com a casa, no entanto ainda dói mexer em alguns objetos, pois no meu caso - como disse para uma amiga, os objetos tinham uma função bem específica: marcar território na casa, me ancorar nessa vida, já que tive depressão e tive vontade de desistir, muitas vezes quando comprava naquele estado eu dizia para marido: 'compro pra me sentir viva' - e por fim certos looks como botas, casacos 7/8 óculos escuros tipo máscara, as vezes luvas, chapéu e cachecol quando estava muito frio, além de ter a função de me aquecer era pra me esconder... principalmente no curso de Constelação familiar e autoconhecimento.

Claro que continuo gostando de botas pois são de salto baixo e confortaveis, continuo gostando de casaco 7/8 , de óculos máscara, mas já não sinto mais a necessidade de me esconder, uso por gostar.

E claro que ainda tenho que destralhar muita coisa, pois não cabe ou não uso, então o que tem funcionado pra mim é trazer tudo na mala e verificar e deixei uma gaveta pra  agrupar essas coisas, tudo que não quero, pra não deixar espalhado pela casa, deixo lá.

Enfim, já são 3 meses que resolvi abraçar o minimalismo, mas ainda não sou... mas já estou feliz de andar pela Liberdade sem comprar algo só por ter achado bonitinho ou por estar barato...


 
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